Numa era de modernização e robôs, as pessoas se tornam insubstituíveis.
Durante a pandemia, milhares de pessoas foram confinadas em suas residências cercadas de incertezas e medos sobre um novo formato global, onde a presença humana, quase não fazia mais sentido.
No Japão, robôs atuavam em hotéis, restaurantes e até mesmo em aeroportos, dando a falsa impressão de que nós, meros mortais, éramos facilmente trocados por máquinas que não sofriam com o tempo, com o cansaço ou o estresse.
Aos poucos, perceberam que não tinham o elemento principal, como empatia e alegria, e desativaram centenas deles.
Por outro lado, as empresas começaram a perceber que os novos modelos de trabalho remoto acabavam trazendo muito mais retorno e qualidade nas entregas que quase sempre cumpriam os prazos.
Neste último dia 21 de Setembro, tive a oportunidade de me apresentar mais uma vez no Conecta Imobi, o maior evento da América Latina e me senti provocada a falar sobre o maior, o principal e mais importante ativo de uma empresa, as pessoas.
O paradoxo do robô
“Eu, Robô”, “O Homem Bicentenário”, “AI” e tantos outros filmes que ganharam as telonas trouxeram uma idéia subjetiva de que por mais avançada que possa ser uma tecnologia, jamais teriam o poder de preencher um espaço de um humano.
Talvez, seja pelo fato do nosso cérebro ser o mais complexo sistema de processamento, que nenhuma tecnologia no mundo seria capaz de copiar.
Coisas simples como sentir um perfume, o afago de um abraço ou a suavidade de uma seda tocando a pele, poderiam ser facilmente ensinadas a robôs, mas jamais a possibilidade de chorar, sorrir e amar.
Pensando nesse complexo cenário, devemos voltar nossos olhares ao que realmente importa dentro de uma empresa.
Você pode até se questionar, principalmente se já ouviu a infame frase “Ninguém é insubstituível”, mas quero abrir uma aprofundada análise sobre isso.
As pessoas não são substituídas pelos que elas são, mas pelo que elas fazem ou deixam de fazer.
Usei o termo infame, pois dá a impressão que as pessoas são descartáveis e não, não são.
Uma gestão focada nas pessoas
Quando falamos nos ativos de um negócio, o fator humano elenca o ranking das que demandam maior importância, pois mesmo as pessoas introvertidas, podem ser líderes surpreendentes apenas pela sua capacidade de ouvir mais do que falar.
Afinal, toda e qualquer habilidade necessária em uma organização, pode ser trabalhada, desde que haja o interesse da empresa.
Henry Ford uma vez disse “Pior do que investir nas pessoas e ver elas irem embora, é não investir e deixar ficar”, Derek Bok complementou e disse “Se você acha cara a educação, imagine a ignorância”.
Por isso, investir na qualificação profissional e lapidar as habilidades de cada indivíduo, acaba fazendo toda a diferença no mercado.
O case Google
Uma das empresas mais cobiçadas para se trabalhar é o Google. Claro que Appel e Meta estão no páreo, mas o mais interessante não é por conta do salário que as pessoas brigam por uma vaga, já que os valores seguem uma média do mercado e sim pela forma como as pessoas são tratadas dentro da organização.
Passou o tempo em que os profissionais queriam um emprego estável, com bom salário, custe o que custar.
O novo perfil de colaboradores se resume às pessoas gostarem do que fazem e amarem o ambiente.
Vale lembrar que Richard Branson, multimilionário e dono da Virgin diz “Cuide bem dos seus funcionários, que eles cuidarão melhor do seu negócio”.
Para finalizar, gostaria de deixar uma pergunta: Como você se sente ao levantar-se para trabalhar?
Se a emoção for ruim, aproveite esse momento para refletir o que é melhor para você, afinal, você nasceu para brilhar e nunca é tarde para ir em busca daquilo que se quer!